Alimentação x Dengue

A dengue é uma virose transmitida pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti. A doença pode se manifestar de duas formas: a dengue clássica e a hemorrágica, forma mais grave da doença. Em ambos os casos, a pessoa deve buscar ajuda médica imediata quando os sintomas começam a se manifestar. Os sintomas costumam ser: febre alta, dores de cabeça, nas costas e articulações e dores na região atrás dos olhos.
Para recuperar o organismo debilitado pela doença, nada melhor do que muita hidratação, além de uma dieta rica em ferro, e que seja de fácil absorção e digestão. Uma boa alimentação à base de hortaliças variadas, principalmente as folhas verde-escuras, e carnes magras é importantíssimo para melhorar a resistência imunológica e manter o corpo nutrido. A vitamina C, encontrada em frutas como laranja, tangerina e abacaxi, auxilia na absorção do ferro no organismo, aproveite para tomar sucos naturais com essas frutas.
Pessoas sem apetite devem ser estimuladas a consumir muito líquido, como água, suco de fruta natural ou água de coco, de forma fracionada e em pequenos volumes para se evitar náuseas e vômitos.
Além disso, é recomendado que a pessoa evite medicamentos à base de AAS. Porém, essas substâncias compostas por salicilatos, podem ser encontradas em alguns alimentos, que também devem ser evitados já que podem potencializar os efeitos da dengue: melancia, manga, ameixa fresca, amêndoa, amora, batata, cereja, groselha, limão, maçã, melão, morango, nectarina, nozes, passas, pepino, pêssego, pimenta, tangerina, tomate e uva.



Alimentação do Idoso

O envelhecimento é um processo progressivo e não reversível, sendo este natural do organismo. Atualmente estamos vivendo uma transição demográfica, com redução da mortalidade e da fecundidade. A expectativa de vida vem aumentando devido ao avanço da medicina, porém é de suma importância que se envelheça de modo saudável.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o limite de idade entre o indivíduo adulto e o idoso é de 65 anos para os países desenvolvidos e de 60 anos para os que estejam em desenvolvimento.

O envelhecimento causa alterações características no corpo que podem interferir com o estado nutricional de um indivíduo:
  • Dentição – As pessoas nessa fase da vida costumam já não possuir todos os dentes, ou utilizar próteses que podem não estar totalmente adaptadas, o que somada à redução da salivação, dificulta a mastigação;
  • Composição nutricional – A sarcopenia, perda de massa e função muscular, está associada ao envelhecimento. A perda de peso e o declínio da massa magra levam a necessidades diminuídas de calorias, ou seja, se o indivíduo continuar com o mesmo aporte calórico ele ganhará peso;
  • Fatores fisiológicos – É comum alteração no paladar e olfato, o que reduz o prazer de comer, além de perder a sensação de sede. Também diminuem as secreções das enzimas digestivas e de ácido clorídrico, o que dificulta a digestão e absorção. Geralmente os idosos apresentam constipação, devido ao baixo consumo de fibras, diminuição da atividade física e pela fraqueza geral.

Existem também outros fatores que possuem relação com a dieta dos idosos. Primeiramente é difícil mudar a alimentação deles, já que eles costumam não gostar de mudanças em sua rotina, relacionadas tanto aos horários quanto aos alimentos ingeridos. Muitas vezes o idoso vive sozinho, sentindo-se solitário e deprimido, perdendo então o apetite. Costuma-se nesse caso optar por alimentos enlatados ou de mais fácil preparação, não contribuindo para sua boa nutrição.

Seguem algumas dicas para estimular a boa alimentação do idoso:

  •  Planejar as refeições, fazendo um cardápio bem variado e colorido;
  • Realizar as refeições em local agradável e de preferência com a família;
  • Preparar refeições atrativas e saborosas, variando os alimentos e a forma de prepará-los;
  • Comer devagar, mastigando bem os alimentos;
  • Tomar líquidos devagar, gole por gole;
  • Incentivar a ingestão de frutas, verduras e legumes;
  • Não substituir refeições por lanches ou guloseimas.

Células de Gordura


Quando um indivíduo engorda, produz uma quantidade maior de células de gordura. Ao emagrecer, essas células murcham, mas não desaparecem – a quantidade só aumenta, nunca diminui.

Portanto, alguém que já teve 100 kg e hoje está com 60 kg jamais será igual a uma pessoa de 60 kg que nunca ganhou peso.

Quem já foi obeso guarda no corpo as células de gordura que um dia foram inchadas, além de sofrer mudanças na expressão de genes que favorecem a obesidade, como aqueles que estocam energia. É por essa razão que o metabolismo fica mais lento.


Quanto mais tempo o indivíduo mantiver um peso alto, portanto, mais células gordurosas vai produzir e por mais tempo o corpo vai guardar a informação desse número na “memória”.


Consumo Alimentar na Gestação e sua Influência na Retenção de Peso Pós-Parto


No Brasil, as taxas de obesidade têm alcançado magnitudes elevadas em todas as camadas da população, chegando a 16,9% entre as mulheres adultas. Entre as mulheres no período da gestação em especial, alguns estudos têm revelado que esses valores chegam a patamares ainda maiores, de até 37%.
A gestação tem sido considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de excesso de peso. Apesar de o ganho de peso estar relacionado com as reservas de energia para o desenvolvimento do bebê e para o período de lactação, seu excesso está diretamente relacionado com desfechos negativos como hipertensão materna, macrossomia e sofrimento fetal, trabalho de parto prolongado, parto cirúrgico, hemorragias pós-parto e trauma fetal.
O excessivo ganho de peso gestacional predispõe, ainda, à obesidade pós-parto e às suas complicações. Em estudo realizado a partir dos dados de cinqüenta Pesquisas Demográficas de Saúde em países em desenvolvimento, destacou-se a importância do ganho ponderal excessivo na gestação e da retenção de peso após o parto como fatores responsáveis pelo aumento da prevalência de sobrepeso em mulheres em idade fértil, principalmente nos países da América Latina.
Diante desse contexto, foi realizado um estudo derivado de uma coorte de gestantes saudáveis com o objetivo de avaliar a influência do consumo alimentar durante a gestação sobre a retenção de peso 15 dias após o parto. Esse trabalho é resultado de um projeto de mestrado do Programa de Nutrição em Saúde Públicas da Faculdade de Saúde Pública da USP e recentemente foi publicado na Revista de Saúde Pública. Faz parte de um projeto maior intitulado “Impacto da atividade física e da orientação alimentar durante a gestação sobre o ganho de peso gestacional e desfechos da gravidez”.
Foram acompanhadas 82 gestantes adultas e saudáveis durante consultas de pré-natal em cinco Unidades Básicas de Saúde no Município de São Paulo, SP, entre abril e junho de 2005. Calculou-se a retenção de peso pela diferença entre a medida de peso pós-parto e a primeira medida realizada.
O índice de massa corporal (IMC) médio no início da gestação foi de 24kg/m2 e a retenção média de peso foi de 1,9kg. A média de ingestão foi de 1922,7kcal; a quantidade média ingerida de gordura saturada foi de 20,6g e a porcentagem de energia proveniente de alimentos processados foi de 20,4%. A média densidade da dieta das gestantes foi de 1,9 kcal/g. O aumento do consumo de gordura saturada, e alimentos processados elevaram de forma significativa a retenção de peso pós-parto, após ajuste pelas variáveis de controle. As demais variáveis de consumo alimentar não apresentaram relação significativa com a retenção de peso pós-parto.
Compreender as alterações na dieta durante e após a gestação e seus efeitos sobre o ganho de peso, pode contribuir para formulação de intervenções eficazes neste período, para a prevenção da obesidade e outras doenças relacionadas.
                                                                                                                          

Revista CRN3


Parasitoses Intestinais


Parasitoses intestinais são infecções causadas por parasitas. Consiste em um problema de saúde pública mundial e estão ligados às condições de saneamento básico, educação e habitação.
Parasitoses intestinais que possuem relação com a alimentação:

Giardíase:

Caracterizada por diarréia amarelada, principalmente em crianças, e que pode ser acompanhada de desnutrição.
Transmissão:
n      Águas não potáveis ou contaminadas com cistos;
n      Alimentos contaminados;
n      Mãos sujas;
n      Contato direto ou indireto com as fezes contaminadas;
n      Insetos coprófagos (que se alimentam de fezes);

Toxoplasmose:

Conhecida como a doença do gato. Sua transmissão se dá por três vias:
n      Ingestão de cistos do solo, areia, latas de lixo ou qualquer lugar onde os gatos defecam em torno das casas e jardins, disseminando-se através de hospedeiros transportadores como moscas, baratas e minhocas;
n      Ingestão de cistos de carne crua ou mal cozida, especialmente de porco e carneiro;
n      Infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção durante a gravidez.
Na maioria das vezes a infecção inicial é assintomática. Às vezes ocorrem sintomas como erupções cutâneas, acometimento pulmonar, miocárdio, hepático ou cerebral. Há casos em que ocorre pneumonia difusa, inflamação do miocárdio, inflamação muscular, hepatite e inflamação do cérebro.

Teníase/Cisticercose:

Doença conhecida como solitária.
Transmissão:
O homem doente, ao evacuar a céu aberto, contamina o meio ambiente com ovos. O suíno ou o bovino ao ingerirem fezes humanas adquirem a doença também. Ao alimentar-se com carne suína ou bovina, mal cozida, contendo cisticercos, homem adquire a doença.

Ascaridíase:

Doença conhecida como bicha ou lombriga. Sua transmissão se dá pela ingestão de ovos infectantes em alimentos contaminados, poeira e insetos.
Pode haver pequenas hemorragias e necroses no fígado. Nos pulmões as larvas chegam aos alveólos com hemorragia. Pode haver pneumonia, edema, febre e bronquite. O catarro pode ser sanguinolento.
Pode causar subnutrição, urticária, edemas, convulsões, irritação intestinal, apendicite, pancreatite e eliminação pela boca e narinas.

Enterobíase ou oxiuríase:

Doença que permite a autocontaminação. Sua transmissão de dá do anus para a cavidade oral, através dos dedos, e por poeira, alimentos e roupas contaminadas com ovos do parasita. O mais importante sintoma é o prurido (coceira) anal.

Tricuríase:

Doença prevalente em regiões de clima quente e úmido e condições sanitárias precárias.
Ela causa alterações da motilidade e função do intestino grosso, além de úlceras e abcessos.

Os principais sintomas das parasitoses intestinais são: dores abdominais, diarréia, vômito, náuseas e perda de peso.

É extremamente importante que se tenha bons hábitos higiênicos, como lavagem correta das mãos e dos alimentos e a fervura da água antes de tomá-la, para evitar a infestação por parasitas.



Dicas de como comer fora de casa e ingerir menos calorias


Em restaurantes:

Churrascaria
Prefira carnes magras (filé mignon, alcatra, maminha) ou frango, peixe e peru. Para acompanhar, escolha saladas. Para o couvert, consuma talos de salsão e erva doce, cenoura e pepino ou picles. Na sobremesa, salada de frutas sem chantilly.

Pizzaria
Procure se satisfazer com apenas 2 pedaços de pizza que tenham como cobertura escarola, alho, brócolis, agrião, mussarela de búfala, queijo branco ou ricota.

Japonês
Evite as preparações fritas (como o Hot Filadélfia). Prefira o missoshiro, shitake, sushi e sashimi.

Self service
Comece pelas saladas cruas e os folhosos. Evite os molhos; tempere com limão ou vinagre. Escolha uma carne grelhada, assada ou ensopada sem muita gordura. Acompanhe com legumes no vapor.

Italiano

Dispense os antepastos. Escolha massas sem recheio como espaguete, talharim, rigatoni, fusili, penne e peça um molho de tomate simples (ao sugo) ou à base de vegetais.

Chinês
CUIDADO! Quase todas as preparações são muito gordurosas. Opte por yakissoba de legumes, arroz chinês, carne desfiada com broto de bambu ou outros vegetais.

Em outras situações:

Aniversários /casamentos /coquetéis
Não saia de casa com fome para não “atacar” as bandejas. Resista aos queijos amarelos e frios à base de carne de porco. Opte por queijo branco e mussarela de búfala assim como frios à base de frango e peru. Quanto aos salgadinhos, prefira os assados. Evite empanados e frituras.

Praia
Prefira picolés de frutas, milho verde, água de coco, sucos e muita água.

Cinema
À vontade de “beliscar” pode ser resolvida com uma barra de cereais light, balas e chicletes diet.

No trabalho
Procure lanchar à tarde, preferindo iogurte de frutas light, bolachas de água e sal, frutas ou barra de cereais light.


Lanche
Peça seu lanche sem maionese ou molhos para que você possa dosar a quantidade. Prefira pão árabe, integral, light ou francês sem miolo; queijo branco, cottage; peito de peru, blanquet, salsicha de peru ou frango; alface, tomate, pepino, cenoura ou beterraba raladas. Escolha sucos no lugar de refrigerantes.


Azeite


O azeite de oliva é o óleo extraído a partir das azeitonas, fruto das oliveiras. Ele é rico em gorduras monoinsaturadas, como o ácido graxo oléico, e pobre em saturadas, razão pela qual é considerado um alimento “amigo do peito”. Isso porque o ácido graxo oléico diminui o risco de oxidação do LDL (o “mau colesterol”) e aumenta os níveis de HDL (o “bom colesterol”), o que previne a aterosclerose, o depósito de gordura na parede das artérias e que pode provocar angina, infarto, AVC isquêmico ou hemorrágico e derrame.
A longevidade dos habitantes da região do Mediterrâneo é conhecida de longa data, além dos baixos índices de problemas cardíacos. Porém, eles não só regam seus pratos com esse óleo como se esbaldam em verduras, frutas e peixes. Ou seja, o ideal é aliar o uso do azeite a uma dieta saudável.
O azeite ainda possui propriedades antiinflamatórias e antioxidantes, que retarda o envelhecimento das células. Além disso, ele ainda possui uma substância chamada oleuropeína, que aumenta a quantidade de osteoblastos, células formadoras ósseas, o que previne a osteoporose.
Para desfrutar de todos esses benefícios, bastam duas colheres de sopa por dia. De preferência, utilize-o para temperar saladas e finalizar pratos quentes, e evite utilizá-lo nas preparações, pois em contato com o calor ele perde grande parte de suas qualidades nutricionais.
Porém, para quem quer perder peso, é importante se atentar à quantidade consumida, pois apesar de saudável, o azeite é bastante calórico: cada grama oferece 9 calorias. Uma colher de chá já é suficiente para tornar seu organismo menos resistente à perda de peso, além de ajudar a diminuir a circunferência abdominal, já que ele evita que a gordura se deposite na linha da cintura. E a preocupação não é somente com a estética, já que uma barriga avantajada dificulta a ação da insulina, podendo levar ao diabetes tipo 2.
Na hora da compra escolha uma boa marca, não aceitando aquelas com mistura de óleo, como azeite mais óleo de soja por exemplo. O campeão nas vantagens para a saúde é o azeite extra-virgem. O que diferencia os tipos de azeite de oliva é o seu grau de acidez. Quanto menor o grau de acidez, maior a quantidade de compostos fenólicos, as substâncias antioxidantes e antiinflamatórias.

O azeite extra-virgem, apesar de ser mais caro, é o mais rico nesses compostos. Como não temos produção nacional, o preço do produto no país é alto, mas vale a pena gastar um pouco mais e consumir um produto de qualidade. Em relação à embalagem, dê preferência às que estejam em vidro escuro ou lata, já que o contato com a luz favorece a perda dos nutrientes benéficos do produto.